Com o avanço da idade alguns aspectos sensoriais deixam de funcionar na sua totalidade como a audição, olfato, visão e paladar, esse último será abordado a seguir, todos devem ser observados com muita atenção na saúde do idoso.
Muito se fala sobre desnutrição na terceira idade, com o passar dos anos o idoso deixa de produzir secreções salivares levando ao quadro de xerostomia mais conhecido como boca seca, com isso ele passa a ficar mais seleto na escolha dos seus alimentos, podendo ter uma alimentação incompleta em relação aos nutrientes essenciais, favorecendo assim o aparecimento de doenças que estão ligadas diretamente ao déficit nutricional(1).
Em virtude da xerostomia ele geralmente procura alimentos que sejam de fácil deglutição e mastigação, nesse momento é necessária à participação do nutricionista, o seu envolvimento é fundamental para que as sejam corretas para o aporte nutricional ideal evitando assim o quadro de desnutrição.
Como estratégia nutricional o nutricionista pode introduzir os alimentos complementares da dieta de forma pastosa, além disso, o nutricionista deve observar a dieta do idoso que possui alguma patologia que demanda maior aporte energético, esse excedente deve ser calculado e incluído dieta de forma correta.
A alimentação inadequada se manifesta de várias formas, como úlcera de pressão, anemia, fragilidade, hipotensão ortostática, fraturas ósseas, déficit cognitivo, disfunção imune e desitratação(1), a desidratação é um dos pontos que deve ser observado com muita atenção, o baixo consumo de água pode causar confusão mental, angina, aumento do pressão arterial.
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Durante a vida o poder de retenção hídrica diminui gradativamente fazendo com que os mais velhos tenham que consumir mais água do que quando era mais jovem. Medicamentos podem afetar diretamente o apetite do idoso, e infelizmente alguns deles não podem ser retirados, os que mais causam impactos no apetite do idoso são os glucocorticoides, analgésicos, laxantes, diuréticos, tranquilizantes e psicofármaco(2).
Em função do avanço da idade o organismo do idoso deixa de sinalizar a necessidade do consumo de água o que agrava a situação, a grande maioria dos idosos não sente sede são poucos que consome o mínimo necessário, parentes e cuidadores tem papel fundamental precisam auxiliar e monitorar esse consumo, além disso, a água é fundamental pra vários processos que acontecem no corpo humano, no caso do idoso ela também exerce o papel de desintoxicar o organismo expelindo através da urina com supostas toxinas abandonadas pelos remédios depois de fazer o seu papel.
Em contrapartida a obesidade também é um quadro comum entre os idosos, o idoso que possui mobilidade pode realizar caminhadas e atividades físicas que possam auxiliar na perda peso, sempre tomando todos os cuidados necessários para evitar quedas, elas podem se tornar um transtorno na vida do idoso principalmente do sexo feminino, fraturas podem levar muito tempo para serem curadas, idosas a osteoporose é mais comum agravando o quadro, lembrando que uma dieta equilibrada é a base para o processo de perda de peso.
Dentre as doenças que influenciam diretamente a baixa ingestão alimentar destaca-se a Alzheimer e a doença de Parkinson (DP), ambas é comum entre os idosos, o idoso que mora só muitas vezes se esquece de se alimentar de beber água, decorrente do Alzheimer, agravando o seu estado nutricional estudos apontam que a DP é a mais difícil de ser administrada, o seu aparecimento da DP praticamente nunca aparece repentinamente, ele na maioria das vezes se inicia com pequenos tremores em momentos de repouso.
Em cerca de 50% dos pacientes acometidos pela doença ela desaparece assim que o paciente começa a se movimentar, isso na fase inicial da doença, com o avançar da doença ela por acometer o segmento cefálico com características similar de bater os dentes, a sua forma mais comum se dá com características parecidas a de contar dinheiro(3) , os tremores são prejudiciais por trazer grande dificuldade ao idoso de manter o alimento no talher além dos tremores causar certo constrangimento para maioria.
Conclusão
Em virtude do que foi mencionado podemos concluir que diversas estratégias podem ser aplicadas para que o idoso possa ter uma qualidade de vida melhor com aporte nutricional adequado evitando o quadro de desnutrição obesidade e também minimizar alguns sintomas de algumas doenças.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. SOUSA, Valéria Maria Caselato; GUARIENTO, Maria Elena. Avaliação do idoso desnutrido; Rev. Bras. Clin. Med, 2009;7:46-49.
2. CAMPOS, Maria Teresa Fialho de Sousa. Alimentação na terceira idade. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/alimentacao-na-terceira-idade/582> Acesso em: 28 de dez. de 2019.
3. HAASE, Deisy Cristina Bem Venutti; MACHADO, Daniele Cruz; OLIVEIRA, Janaisa Gomes Dias. Atuação da fisioterapia no paciente com doença de Parkinson. Fisioter. Mov., 2008.
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Renato Costa
CRN/1 - 11.503
Nutricionista do Marconi Ribeiro e de alguns alunos da Assessoria MRTeam, Bacharel em Nutrição, Pós Graduado em Nutrição Esportiva e outra em Nutrição, Envelhecimento e Longevidade.